segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fanatismo

Composição: Florbela Espanca/Fagner





Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida.
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como um deus: princípio e fim!...
Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto.
Há intertextualidade no poema Fanatismo de Florbela Espanca, com o cantor e compositor brasileiro Raimundo fagner, quando o mesmo retoma o poema a poetisa Portuguesa, transformando em musica brasileira. Quanto a forma percebe-se que o poema é um soneto, sendo os versos todos decassílabos e cujo esquema de rima é regular, assim como o poema de Florbela a letra da música de Fagner tem a forma de um soneto, versos decassílabos e esquema de rimas praticamente igual ao poema de Florbela.








































Amor de Perdição

A obra narra o amor entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque. Os jovens vivem uma intensa paixão que, por causa do ódio existente entre suas famílias, não pode ser vivida. O pai de Teresa, Tadeu de Albuquerque, pretende casá-la com seu primo, Baltazar Coutinho. A jovem recusa-se a obedecê-lo. O senhor Tadeu juntamente com seu sobrinho Baltazar, resolve internar Teresa num convento. Simão e sua amada se comunicam através de cartas. Em um conflito com Baltazar, Simão acaba matando-o. Entrega-se à justiça e é condenado à morte, depois, por influência de seu pai, acaba indo para um exílio na Ásia, onde deveria permanecer por dez anos. Atormentados pelo sofrimento os dois jovens adoecem. Teresa morre quando ele parte para o exílio, Simão morre a bordo do navio que o levaria até a Ásia. Mariana, amiga fiel e apaixonada por Simão, joga-se ao mar junto com o corpo de seu amado.
Intertextualidade com Romeu e Julieta

Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, é uma novela romântica inspirada na obra Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Um fim trágico para uma história de amor marcada pelo ódio entre duas famílias pertencentes à nobreza portuguesa.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Análise da Intertextualidade nos Poemas

A intertextualidade não só admite, mas compara que a literatura se produz num diálogo de textos, empréstimos e troca. A literatura nasce da literatura, cada obra nova é uma continuação por consentimento.
"Esse diálogo pressupõe um universo cultural amplo e complexo, pois implica na identificação e no reconhecimento remissões a obra ou a trechos mais ou menos conhecidos"
(Wikipédia).
" A leitura é uma fonte inesgotável de prazer
mas por incrível que pareça
, a quase totalidade,
não sente esta sede."
(Drummond)
FUMO
Composição: Raimundo Fagner / Florbela Espanca

Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos
Os dias são outonos, choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredos
Invoco o nosso sonho, estendo os braços
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos.

O poemas acima Fumo de Florbela Espanca, há intertextualidade com o cantor e compositor Fagner, quando o mesmo retoma os poemas da poetisa Portuguesa, e transforma-os em música brasileira. quanto a forma percebe-se que o poema é um soneto(dois quarteto e dois tercetos), sendo os versos todos decassílados.
E cujo esquema de rimas é regular(abba/abba/cdc/cdc), é assim como o poema de Florbela, a letra da musica de Raimundo Fagner, tem forma de um soneto que tem versos decassílabos e esquema de rimas praticamente igual ao poema de Florbela.