Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida.
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como um deus: princípio e fim!...
Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto.
Há intertextualidade no poema Fanatismo de Florbela Espanca, com o cantor e compositor brasileiro Raimundo fagner, quando o mesmo retoma o poema a poetisa Portuguesa, transformando em musica brasileira. Quanto a forma percebe-se que o poema é um soneto, sendo os versos todos decassílabos e cujo esquema de rima é regular, assim como o poema de Florbela a letra da música de Fagner tem a forma de um soneto, versos decassílabos e esquema de rimas praticamente igual ao poema de Florbela.
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